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Da escolha entre folhas e pílulas
Correria e estresse do dia a dia, a cabeça dói, as costas nem se fala, o sono se perde, a energia se esgota, tremedeira, falta de apetite, obesidade, paranóias com o peso e com as rugas, resfriado inconveniente, e milhares de outras patologias da vida moderna, e o homem o que faz? Corre para a farmácia, e entre pílulas e xaropes, procura equilibrar as funções do corpo, que deve servir à sociedade de consumo e ritmo desenfreado, custe o que custar. Se o caso é simples, tudo bem, pode chegar a recorrer a algum chá ou remédio caseiro, mas se a coisa é séria, drogas químicas são a solução do homem moderno, e lá vai o mesmo homem moderno tratar o sintoma e não a doença se baseando em uma medicina tradicional que ainda engatinha se comparada à fitoterapia, que é a forma mais antiga e fundamental de medicina da terra, que trabalha com o estimulo das defesas natuais do organismo. Mas essa prática é muito recente, apenas em 1950 o lugar das plantas medicinais foi substituído pelas substâncias sintéticas de estrutura química e ação definida. A partir deste período a fitoterapia declinou, não servindo mais em prescrições médicas.
Para se entender melhor, somente no século XVIII (dezoito) se começa a separar o princípio ativo da planta em si, além do mais, das 250 a 500 mil espécies de plantas existentes, somente 5% tem sido estudadas fitoquimicamente e uma porcentagem menor ainda avaliada sob aspectos biológicos. A maior parte do remédio vendido na farmácia foram feitos seguindo recomendações da medicina popular, pois desde que o ser humano despertou sua consciência e começou a manipular a natureza em proveito próprio se faz uso das plantas para curar, é uma prática milenar.
Um movimento de despertar está acontecendo na humanidade promovendo uma busca maior por produtos naturais e estilos de vida saudáveis, a ordem do dia é prevenir ao invés de remediar, e assim, o mercado atual de fitofármacos e fitoterápicos movimenta uma industria bilionária usando mais de 13 mil plantas em seus compostos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), No Brasil, 80% da população fazem dos produtos naturais, especialmente plantas medicinais, fonte única de recurso terapêutico.
CRONOLOGIA
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3000 a.C. Fu-Hsi na China faz estudos sobre plantas medicinais e acupuntura e o médico Imhotep no Egito é o primeiro a utilizar plantas medicinais.
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2000 a.C. O imperador Shen-Nung da China publica estudo que relaciona inúmeras drogas de origem vegetal utilizadas por si mesmo e seus súditos, entre elas estavam ruibarbo, ginseng, estramonio e efedra.
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O papiro de Ebers, de 1500 a.C. contém um manuscrito que detalha 800 fórmulas para curar diversas doenças, entre as plantas citadas estavam papoula, mirra e ginseng.
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460-377 a.C. inicia-se a era de Hipócrates, considerado pai da medicina, ele publica o Corpus Hippochaticum consagrando espeicies vegetais e incorporando conhecimento acerca de substancias estraidas como quinino, codeína, colchicina e teofilina.
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370-286 a.C. o botânico grego Teofrasto escreve o Tratado de Odores onde cita propriedades medicinais, preparações e usos das plantas.
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131-201 d.C. o mais importante médico da antiguidade, Galeno, recolheu e relacionou 473 produtos de origem vegetal e enriqueceu o arsenal terapêutico da época. O termo farmácia galênica foi dado aos emplastros, ungüentos, entre outros feito de plantas usadas com solventes (como água, álcool e vinagre) para concentrar e conservar os componentes ativos das plantas.
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Na Idade Média (980-1037) o farmacêutico árabe Avicena produz o seu Cânone da Medicina e inclui doutrinas de Galeno e Hipocrates.
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Na mesma época de Galeno o romano Celso contribuiu para o surgimento da homeopatia.
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Na Idade Moderna (1493-1541) o médico suíço Celso, considerado “pai da farmoquímica” trouxe a teoria da similitude, onde relacionou as propriedades das plantas de acordo com a forma, cor e morfologia e curando uma doença com o que tivesse semelhança com ela.
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A primeira referência às plantas medicinais no Brasil foi feita por Pero Vaz de Caminha em sua carta ao rei D. Manuel, onde ele descreveu a beleza da flora brasileira e as propriedades de algumas plantas.
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O padre Fernão Cardim (junto com outros jesuítas) divulgou as propriedades de plantas como jaborandi, estramônio e aloés.
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No século XVIII começa a isolar e determinar a estrutura dos constituintes ativos dos produtos de origem natural dotados de propriedades medicinais.
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em 1803 Sertuner isola a morfina da Papaver sominiferum.
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Em 1820 comecam a ser instaladas as primeiras industrias de ervas medicinais da América do Norte.
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A partir de 1860, co os conhecimentos do fisiologista Claude Bernard a verificação das propriedades de muitos produtos naturais foi verificada, assim como sus constituintes habilmente empregados na medicina, a fim de se conhecer o mecanismo de ação detalhadamente. A correlação entre entrutura química e ação fisiológica começaram a se estabelecer, permitindo o descobrimento de novas moléculas naturais de elevada atividade farmacológica.
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em 1929 foi publicada a primeira edição da Pharmacopeia dos Estados Unidos do Brasil, de Rodolfo Albino Dias, que muito contribuiu cm seus estudos da flora medicinal brasileira e introduziu a farmacognosia no pais, incluindo mais de 280 monografias de plantas.
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A primeira regulamentação a respeito da utilização de produtos naturais data de 1931 com o decreto 19.606 que estabelece regras para o funcionamento de ervanários, com necessidade de licença para especialidades farmacêuticas, exceto para produtos inclusos nas farmacopeias.
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de 1950 a 1970 o lugar das plantas medicinais foi substituído pelas substâncias sintéticas de estrutura química e ação definida. A partir deste período a fitoterapia declinou, não servindo mais em prescrições médicas.
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Nos últimos 50 anos, com o avanço dos métodos analíticos, os conhecimentos sobre plantas medicinais aumentaram muito, permitindo melhor descrição da composição química das plantas utilizadas na medicina popular. Por consequencia, um maior controle das espécies vegetais utilizadas na terapêutica foi destacado, assim como os métodos de obtenção, cultivo, preparo, armazenamento e isolamento dos compostos ativos.
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Em 2000 a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, publicou uma resolução a respeito dos produtos fitoterapicos e sua regulamentação.